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R7 Brasília

PF intima Bolsonaro a depor em inquérito sobre suposta obstrução de Justiça por Zambelli

Oitiva ocorre nesta quinta (5), mesmo dia em que Bolsonaro será ouvido sobre caso envolvendo o filho Eduardo

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em BrasíliaOpens in new window

PF intima Bolsonaro a depor em inquérito sobre suposta obstrução de Justiça por Zambelli Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil - Arquivo

A Polícia Federal intimou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a depor nesta quinta-feira (5) no inquérito sobre suposta coação e obstrução de Justiça por parte da deputada federal Carla Zambelli (PL).

A informação tinha sido confirmada ao R7 pelo advogado Paulo Cunha Bueno, que defende Bolsonaro, antes do depoimento do ex-presidente. Contudo, depois do interrogatório, o advogado afirmou que o caso da deputada não foi tema da audiência de Bolsonaro na PF.

“O presidente recebeu uma intimação, nós recebemos uma intimação, para que ele fosse ouvido num outro inquérito de 2023, que estava em segredo de justiça, e os autos eram físicos no Supremo Tribunal Federal. Nós requeremos vistas desses autos para efetivamente podermos fazer o depoimento. Ocorre que o ministro Moraes ainda não despachou o pedido de vistas. De sorte que nós peticionamos dizendo: ‘Olha, enquanto não tivermos vistas, não iremos depor porque eu não sei do que se trata’”, explicou Bueno.

Bolsonaro também disse que não falou sobre Zambelli à Polícia Federal e que prestou depoimento apenas no processo por obstrução de Justiça contra o filho dele Eduardo Bolsonaro.


“Não tenho nada a ver com a Carla Zambelli. Não botei dinheiro no Pix dela. Eu acompanhei pela imprensa o caso Zambelli. Hoje, eu fui aqui ouvido apenas pela questão do meu recurso que eu botei na conta do meu filho que está nos Estados Unidos”, disse o ex-presidente em entrevista à imprensa.

Investigação sobre Zambelli

O inquérito de Zambelli foi aberto na quarta-feira (4) pelo ministro Alexandre de Moraes para investigar a suposta prática dos crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa por parte da deputada federal.


Na decisão, o ministro considerou que Zambelli fugiu do Brasil para evitar ser presa após ser condenada pelo STF a dez anos de reclusão pela invasão a sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Além disso, o ministro destacou que a deputada tem a intenção de atentar contra a democracia brasileira enquanto estiver no exterior.

O ministro também mandou a Polícia Federal monitorar eventuais conteúdos postados nas redes sociais de Carla Zambelli. A corporação deve, no prazo de dez dias, ouvir o depoimento da parlamentar.


O ministro mandou, ainda, o Banco Central informar, detalhadamente, os valores e os remetentes de PIX para Zambelli nos últimos 30 dias. Como ela está fora do país, ela pode fazer os esclarecimentos por escrito.

Ordem de prisão

Diante da notícia de que Zambelli havia deixado o país, Moraes decretou a prisão preventiva da parlamentar.

Segundo ele, “após a sua condenação, com a fuga do distrito da culpa, a ré [Zambelli] declarou que pretende insistir nas condutas criminosas, para tentar descredibilizar as instituições brasileiras e atacar o próprio Estado Democrático de Direito, o que justifica, plenamente, a decretação de sua prisão preventiva”.

O nome de Zambelli foi inserido na lista de difusão vermelha da Interpol na manhã desta quinta-feira.

Mais de um depoimento

Além de ser interrogado sobre o caso de Zambelli, Jair Bolsonaro também deve depor nesta quinta-feira (5) no inquérito que apura tentativa de obstrução de Justiça, no qual seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), é investigado.

Eduardo viajou aos Estados Unidos e declarou que pretende “focar em buscar as justas punições” contra o ministro Alexandre de Moraes e a Polícia Federal. Ele é suspeito de tentar mobilizar aliados do ex-presidente norte-americano Donald Trump para que adotem sanções contra ministros do STF.

Após a saída de Zambelli do Brasil, aliados bolsonaristas avaliam que ela pode desempenhar papel semelhante ao de Eduardo, defendendo Jair Bolsonaro internacionalmente, mas atuando na Europa. A deputada afirma ter cidadania italiana.

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