Sazonalidade das doenças respiratórias é alerta para cuidados com as crianças
Na área pediátrica principal preocupação é a bronquiolite viral aguda, que acomete principalmente menores de 2 anos; veja cuidados
Brasília|Do R7, com informações da Agência Brasília

O período de janeiro a junho acende um alerta aos pais com a sazonalidade das doenças respiratórias no Brasil. O cuidado deve ser redobrado com crianças, idosos e pessoas com a imunidade mais baixa. Uma das principais preocupações da área pediátrica é a BVA (Bronquiolite Viral Aguda), que atinge principalmente crianças de até dois anos e é responsável pela maioria das internações neste período.
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A BVA é uma infecção viral que acomete a parte mais delicada do pulmão dos bebês, os bronquíolos. Essas estruturas do organismo são a continuidade dos brônquios, que distribuem o ar para dentro dos pulmões.
Infectologista pediátrico do Hospital Regional de Santa Maria, Pedro Ribeiro Bianchini alerta que é possível ter uma variação nos vírus circulantes, mas os principais são os vírus sincicial respiratório (VSR), o coronavírus Sars-CoV-2, metapneumovírus e rinovírus, além do vírus da influenza.
“Esses vírus têm uma distinção clínica muito difícil, pois apresentam sintomas semelhantes, e só é possível identificá-los com a realização de exames específicos, mas a condução clínica é semelhante, e em sua maioria sintomática, com medicação para febre e limpeza nasal”, explica.
Ele acrescenta que a “necessidade de outras medicações e até de internação e outros procedimentos, eventualmente necessários, é determinada apenas pelo pediatra, durante a avaliação clínica”.
Sintomas
Como são doenças causadas por vírus respiratórios, o quadro de sintomas começa com um resfriado, com obstrução nasal, coriza, tosse, febre, recusa nas mamadas e irritabilidade. Em um ou dois dias, esses sintomas evoluem para tosse mais intensa, dificuldade para respirar, respiração rápida e chiado no peito. Por vezes, pode haver sinais e sintomas mais graves, como sonolência, gemidos, arroxeamento dos lábios e extremidades e pausas respiratórias.
A família deve ficar atenta aos sinais, principalmente nos bebês, e em caso de evolução dos sintomas devem buscar imediatamente atendimento médico. “A criança pequena tem o seu sistema imunológico ainda em processo de amadurecimento, o que torna essa faixa etária, principalmente as crianças abaixo de 6 anos, mais predispostas ao adoecimento”, ressalta Bianchini.
Volta às aulas
A volta às aulas é uma das questões que facilita a circulação desses vírus. “As principais medidas para diminuir a chance de adoecimento incluem a atualização do cartão vacinal, e ressalto também a importância das vacinas contra covid-19 e coqueluche”, afirma o infectologista pediátrico.
Outras recomendações do profissional é fazer higienização nasal diária e incentivar as crianças a lavarem as mãos com frequência. A alimentação também deve ser equilibrada, com sono saudável e um acompanhamento regular com o médico.