Seis em cada 10 universitários veem a graduação como chave para emprego, diz pesquisa
Melhorar a renda e atender exigências da profissão também são fatores decisivos na escolha pelo ensino superior
Educação|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

Uma pesquisa realizada pelo CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) revelou que seis em cada dez universitários afirmaram ter escolhido a graduação visando ampliar suas oportunidades no mercado de trabalho.
Ao todo, foram entrevistados 3.557 estudantes universitários de todas as regiões do Brasil. Entre os principais motivos apontados para a escolha do curso superior, também estão a melhoria da situação financeira e o cumprimento de exigências da profissão desejada.
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O estudo revelou ainda que a maioria dos universitários brasileiros é composta por mulheres (56%), matriculada em instituições particulares com bolsas de estudo (37%). A maior concentração desses estudantes está na região Sudeste (44%), seguida pelo Nordeste (22%).
🎓Crescimento no número de universitários
De acordo com o Mapa do Ensino Superior, divulgado em março de 2025, o Brasil possui atualmente quase 10 milhões de estudantes em cursos universitários — um crescimento de quase 6% entre 2022 e 2023. Nas instituições particulares, o avanço foi ainda maior, ultraando 7%.
O modelo de ensino à distância (EAD) tem sido um dos grandes responsáveis por esse crescimento. As matrículas em cursos EAD aumentaram 13,4% no período, totalizando quase 5 milhões de alunos. Em uma década, esse número teve um salto impressionante de 326%, enquanto o número de matrículas em cursos presenciais caiu quase 30%.
✏️ Estágio é diferencial na carreira
A pesquisa também abordou a importância do estágio durante a graduação. Segundo 98% dos entrevistados, quem tem a oportunidade de estagiar durante o curso consegue melhores oportunidades no mercado de trabalho.
Além disso, o apoio à oferta de estágios é um fator decisivo na hora de escolher uma instituição de ensino.
👷Participação dos jovens no mercado de trabalho
Outro estudo apontou que houve um aumento na participação dos jovens no mercado de trabalho. O número de “nem-nem” — jovens que não estudam nem trabalham — atingiu o menor patamar desde o início da série histórica, em 2012: 5,3 milhões de pessoas.
A taxa de desocupação entre jovens de 18 a 24 anos caiu de 25% em 2019 para 14% em 2024. Especialistas atribuem essa melhora à expansão do ensino técnico e aos programas de aprendizagem.
Atualmente, os setores que mais contratam jovens são os de comércio, serviços e tecnologia. O estudo também apontou um aumento de 54% no número de estagiários no país.
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