Após conversa com Trump e Zelensky, Macron fala em paz sólida e duradoura na Ucrânia
Presidente francês defendeu fim da agressão russa e a implementação de garantias de segurança para os ucranianos
Internacional|Do R7

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta segunda-feira (17) que conversou com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, sobre os desdobramentos do conflito entre Ucrânia e Rússia.
Em uma declaração publicada na rede social X, Macron defendeu que qualquer solução para o conflito na Ucrânia deve garantir uma paz sólida e duradoura, o que, segundo ele, só será possível com o fim da agressão russa e a implementação de garantias de segurança firmes e críveis para os ucranianos.
Macron afirmou ainda que os países europeus “querem acelerar a implementação da sua própria agenda de soberania, segurança e competitividade”, além de estar “convencido de que os europeus terão de investir melhor, mais e em conjunto na sua segurança e defesa, hoje e amanhã”.
Après avoir réuni plusieurs dirigeants européens, je viens de parler au Président Trump, puis au Président Zelensky.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) February 17, 2025
Nous souhaitons une paix solide et durable en Ukraine. À cette fin la Russie doit cesser son agression et cela doit s'accompagner de garanties de sécurité fortes…
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O presidente francês também alertou que, sem esses elementos, há o risco de que um eventual cessar-fogo tenha o mesmo destino dos acordos de Minsk.
Os Acordos de Minsk foram tratados assinados em 2014 e 2015 para tentar encerrar o conflito entre a Ucrânia e separatistas pró-Rússia no leste do país. Os termos previam cessar-fogo, retirada de armamentos e maior autonomia para as regiões de Donetsk e Luhansk. No entanto, as violações constantes e a falta de implementação plena dos termos levaram ao fracasso das negociações, culminando na invasão russa em 2022.
A declaração veio após uma reunião de líderes europeus em Paris, na qual foram discutidas formas de fortalecer a defesa do continente diante da escalada das tensões. Durante o encontro, países em situação mais vulnerável pressionaram por um aumento nos investimentos em segurança.
A cúpula foi convocada por Macron em resposta às negociações bilaterais de paz organizadas por Trump com a Rússia, que excluíram tanto os aliados europeus quanto a própria Ucrânia.