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Capivaras causam polêmica em bairro de luxo na Argentina

Animais se multiplicaram e causam acidentes de trânsito, danos em jardins e ataques a cães

Internacional|Do R7

As capivaras estão causando problemas em bairro chique de Buenos Aires

Na comunidade de Nordelta, uma das mais ricas da Argentina, ao norte de Buenos Aires, a proliferação de capivaras se tornou motivo de tensão entre moradores. Segundo o jornal The New York Times, desde a pandemia, a população desses roedores triplicou, chegando a cerca de mil. Sem predadores naturais e com abundância de comida e água, os animais aram a circular livremente por quadras esportivas, jardins e ruas da região.

As capivaras, apesar de carismáticas e populares na internet por sua aparência tranquila, têm causado preocupações locais. Moradores relatam acidentes de trânsito, destruição de jardins e até ataques a cães pequenos. A veterinária contratada pela comunidade adotou medidas como aplicação de tranquilizantes e de medicamentos contraceptivos nos animais.

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O método inicial de vasectomia foi substituído por uma vacina hormonal chamada Improvac, que inibe a fertilidade de machos e fêmeas. A substância, no entanto, foi desenvolvida para porcos e nunca havia sido usada em capivaras, gerando dúvidas sobre sua eficácia e efeitos a longo prazo. O plano prevê a esterilização de 250 capivaras adultas, mas exigirá reaplicações constantes.


Enquanto alguns moradores apoiam as medidas, um grupo crescente de defensores dos animais contesta os métodos usados. Liderados por Silvia Soto, esses ativistas organizaram petições, ações judiciais e protestos. Eles defendem que a culpa pelo aumento da população de capivaras é dos empreendimentos imobiliários, que destruíram o habitat natural dos animais.


Nordelta, antes uma área de pântanos e florestas, ou por intensa urbanização nas últimas três décadas, transformando-se em um complexo de mansões, condomínios e campos de golfe. Para os ativistas, os animais não invadiram a cidade, mas sim foram empurrados para ela pela ação humana. Eles defendem a criação de uma reserva natural exclusiva para as capivaras, o que até agora não obteve apoio dos construtores e agentes imobiliários.


A discussão sobre o controle da população de capivaras também divide os próprios moradores. Enquanto alguns os consideram invasivos e perigosos, outros afirmam que os animais não representam risco e são parte do ecossistema local. Essa diferença de opiniões reflete a dificuldade de equilibrar desenvolvimento urbano com conservação ambiental.

Apesar das críticas, os agentes imobiliários de Nordelta, liderados pelo empresário Eduardo Constantini, continuam priorizando o controle populacional das capivaras com foco em métodos de esterilização. A falta de diálogo com os defensores dos animais e a ausência de propostas de coexistência pacífica agravam o conflito. A situação expõe os desafios da convivência entre humanos e vida selvagem em ambientes urbanizados.

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