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O que se sabe sobre os segredos nucleares de Israel que o Irã diz ter obtido

Segundo o governo iraniano, dados incluem milhares de documentos sobre atividade nuclear de outros países

Internacional|Do R7

O ministro da Inteligência do Irã, Esmail Khatib
O ministro da Inteligência do Irã, Esmail Khatib Divulgação/Khamenei.ir

O ministro da Inteligência do Irã, Esmail Khatib, afirmou no domingo (8) que o país obteve um grande volume de informações sobre o programa nuclear de Israel. A declaração foi feita poucos dias após a divulgação de um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica, que aponta o avanço do Irã na produção de urânio enriquecido a níveis próximos aos exigidos para uso em armamento nuclear, aumentando a pressão diplomática ocidental sobre Teerã.

Em entrevista à televisão estatal iraniana após uma reunião de gabinete, Esmail Khatib afirmou que o Ministério da Inteligência adquiriu o que chamou de “um importante tesouro de inteligência estratégica, operacional e científica” relacionado a Israel. Segundo ele, os dados foram levados ao Irã com “ajuda divina” e incluem milhares de documentos com informações também sobre Europa, Estados Unidos e outros países. Nenhuma prova foi apresentada.

Khatib, que foi sancionado pelo Tesouro dos Estados Unidos em 2022 por envolvimento em espionagem cibernética, disse que os documentos seriam divulgados em breve. O chefe da pasta ainda afirmou que o material foi obtido por meio de infiltração e o a fontes, mas não forneceu detalhes sobre os métodos utilizados nem sobre o conteúdo dos arquivos.

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A declaração parece responder a uma operação israelense revelada em 2018, quando o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que agentes do Mossad (agência de inteligência israelense) haviam retirado clandestinamente do Irã cerca de “meia tonelada” de documentos sobre seu programa nuclear. Esses documentos foram usados pelo presidente norte-americano Donald Trump para justificar a saída dos Estados Unidos do acordo nuclear firmado em 2015.


As afirmações do Irã surgem no momento em que o Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica se prepara para uma nova rodada de discussões sobre as atividades nucleares iranianas. Países ocidentais devem propor uma censura formal a Teerã por não esclarecer pontos pendentes sobre seu programa atômico.

Se aprovada, a medida pode levar a questão ao Conselho de Segurança da ONU e provocar o reestabelecimento de sanções internacionais com base no mecanismo de reversão previsto no acordo de 2015.


O Irã sinalizou que rejeitará uma nova proposta de entendimento apoiada pelos Estados Unidos, após cinco rodadas de negociações nucleares sem avanços. Atualmente, o país enriquece urânio a até 60% de pureza, patamar próximo ao necessário para uso em armas nucleares, e já acumulou material suficiente para produzir múltiplas ogivas.

Especialistas alertam que a ausência de um acordo pode agravar ainda mais a crise econômica iraniana e aumentar o risco de instabilidade interna. Também permanece a possibilidade de ações militares por parte de Israel ou dos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas, caso Teerã interrompa sua cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica e decida avançar rumo à construção de uma arma nuclear.

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