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Quarta Instância

PGR avalia que interrogatório de Mauro Cid confirmou dados básicos

Durante o interrogatório, o militar detalhou o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro nas articulações golpistas

Quarta Instância|Gabriela Coelho, do R7, em BrasíliaOpens in new window, Clébio CavagnolleOpens in new window, e Victoria Lacerda

Mauro Cid durante interrogatório ao lado de advogado Ton Molina/ STF

Após o interrogatório no STF (Supremo Tribunal Federal) do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro tenente-coronel Mauro Cid, a PGR (Procuradoria-Geral da República) avaliou que os fatos básicos foram confirmados, embora o militar tenha sido esquivo na complementação do que já tinha itido. O R7 apurou que “não houve surpresas”.

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Durante o interrogatório, o militar detalhou o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro nas articulações golpistas após a derrota nas eleições de 2022. Ele falou sobre reuniões com militares, ree de dinheiro, tentativa de sustentar manifestações em frente aos quartéis e a existência de uma minuta de decreto para anular o resultado das urnas.

Segundo Mauro Cid, Bolsonaro não apenas recebeu como também leu e editou a minuta que previa a anulação das eleições de 2022. Entre as mudanças feitas pelo ex-presidente estava a retirada de trechos que determinavam a prisão de diversas autoridades.

“Sim, senhor. Recebeu e leu. De certa forma, enxugou o documento, retirando as autoridades das prisões. Somente o ministro Alexandre de Moraes ficaria preso.”


Cid relatou que reou dinheiro em espécie ao major Rafael de Oliveira, por ordem do general Walter Braga Netto, então ministro da Defesa. O valor, entregue em uma caixa de vinho no Palácio da Alvorada, seria para financiar atividades relacionadas às manifestações golpistas.

“O general Braga Netto apareceu com a quantia. Eu recebi no Alvorada e ei para o major Júlio Dias. Minha ideia é que esse dinheiro vinha do agronegócio, que estava ajudando a manter as manifestações.”


Cid mencionou que o brigadeiro Batista Júnior, então comandante da Aeronáutica, rejeitou qualquer conversa sobre medidas antidemocráticas e “cortava qualquer tipo de conversa nesse sentido”.

“De certa forma, ele não queria nem ouvir nenhuma opinião. Já cortava de imediato.”


Segundo Cid, o ex-presidente trabalhava com duas hipóteses: encontrar uma fraude nas urnas ou, com apoio popular, usar isso como justificativa para um decreto de estado de defesa.

“Sempre se teve a ideia de que, até o final do mandato, aparecesse uma fraude real. Mas não apareceu. Tudo ficou no campo da estatística.”

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