As contratações do programa Minha Casa, Minha Vida dispararam depois da inclusão da Faixa 4 do projeto — destinada para a classe média. Pela primeira vez, as contratações pelo programa para famílias com renda de até R$ 12 mil superaram as do crédito tradicional. O saldo da carteira imobiliária da Caixa finalizou março de 2025 com R$ 850 bilhões, representando um crescimento de 12,7% em relação a março do ano ado.
Em entrevista ao
Conexão Record News desta sexta-feira (6), Ana Maria Castelo, pesquisadora da FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), analisa que esse crescimento no número de lançamentos e vendas mostra uma
demanda reprimida pelo público da classe média, que estava mais acuado a comprar um imóvel devido às poucas opções de ofertas dos bancos relacionadas à
elevada taxa de juros.
Ana Maria ainda ressalta o reflexo do programa na geração de emprego, que refletiu em todo o ciclo de negócios nos últimos dois anos, e acredita que em 2025 o Minha Casa, Minha Vida deve ganhar um protagonismo maior no segmento.
“As medidas recentes contribuem para que esse ciclo de negócios se mantenha. E, com esse ciclo de negócios crescendo, significa mais empregos, mais demandas por materiais, ou seja, uma
economia mais aquecida”, completa.
A economista também mostra que o
cenário seria totalmente diferente, caso não existisse o Minha Casa, Minha Vida. “Se você tira essas condições mais favoráveis, você vai excluir do o à casa própria muitas famílias e, com isso, você perde a capacidade também de vender. E com a taxa de juros elevadas, você realmente estaria excluindo muitas famílias do mercado que hoje estão capazes de adquirir um imóvel”, finaliza.