Pandemia impactou na educação, mas o ‘vírus mais persistente’ é a desigualdade, diz PhD em educação
Pesquisa Aprendizagem na Educação Básica: Situação Brasileira no Pós-Pandemia diz que a educação básica ainda não retomou o nível de 2019
Conexão Record News|Do R7
Segundo a pesquisa Aprendizagem na Educação Básica: Situação Brasileira no Pós-Pandemia, a aprendizagem na educação básica ainda não retomou o nível pré-pandemia. O estudo leva em conta o desempenho em matemática e português. O levantamento ainda mostra as desigualdades educacionais entre grupos raciais ou socioeconômicos — entre os mais ricos, 61% dos alunos do quinto ano têm o aprendizado adequado, enquanto entre os mais pobres o número é de 45%.
Em entrevista ao Conexão Record News desta segunda-feira (28), o PhD em educação Rafael Parente, pesquisador da UFAL (Universidade Federal de Alagoas), aponta que a pandemia teve grande impacto, mas a desigualdade é um problema ainda maior. “A gente ainda carrega sequelas da pandemia, mas o vírus mais persistente é a nossa desigualdade estrutural. A gente tem dados que são chocantes”, analisa.
Parente ainda aponta que a pandemia foi responsável pelo agravamento do problema. “Não adianta só recuperar o tempo perdido. A gente precisa ter políticas públicas que ataquem as raízes da desigualdade [...] Ou então a educação de qualidade vai seguir sendo privilégio de poucos, e não o que diz a nossa Constituição”, completa o especialista.
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