Em recurso contra soltura, MPRJ cita que Vitor Belarmino retirou corpo de vítima do carro e largou na via
Influenciador é acusado de atropelar e matar o fisioterapeuta Fábio Toshiro Kikuta, em julho do ano ado
Rio de Janeiro|Do R7

O Ministério Público do Rio de Janeiro recorreu à Justiça, nesta terça-feira (3), contra a decisão que revogou a prisão preventiva do influenciador Vitor Belarmino. Ele é acusado de atropelar e matar o fisioterapeuta Fábio Toshiro Kikuta, em julho do ano ado, no Recreio dos Bandeirantes.
O influenciador ficou foragido por cerca de dez meses, mas se entregou no dia 19 de maio — período em que ocorre o julgamento. Na última sexta-feira (30), uma decisão da juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis determinou que ele responda em liberdade com cumprimento de medidas cautelares.
A 2ª Promotoria junto ao Tribunal do Júri da Capital afirma que a conduta de Belarmino indica grave risco à ordem pública. O pedido também ressalta que ele retirou o corpo da vítima do veículo, o largou em via pública e fugiu sem prestar socorro.
O recurso do MP ainda menciona que há mais de 20 multas por excesso de velocidade em nome do réu e, por isso, somente a suspensão do direito de dirigir não seria o suficiente.
“Em razão da gravidade concreta do caso, que colocou em risco concreto a vida de diversas pessoas e culminou na violenta e prematura morte dolosa de jovem que havia literalmente acabado de se casar, além do histórico reiterado e recente de infrações de trânsito pelo recorrido, cabível a imediata restauração de sua prisão preventiva para assegurar a ordem pública”, descreve um trecho do pedido.
No momento do acidente, Toshiro atravessava a avenida Lúcio Costa junto da esposa após deixar as malas do próprio casamento em um hotel.
O carro que o influenciador dirigia, um BMW, foi apreendido um dia depois. A perícia da Polícia Civil encontrou uma taça quebrada, além de vestígios de vinho.
A Justiça do Rio aceitou a denúncia do Ministério Público em setembro de 2024 e tornou Belarmino réu pelos crimes de homicídio, omissão de socorro e fuga. De acordo com a acusação, ele trafegava em velocidade muito superior à permitida na via.
Em entrevista à RECORD uma semana antes do julgamento, Belarmino afirmou que estava sendo julgado por coisas que não fez, entre elas tirar o corpo do carro.
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